segunda-feira, 25 de maio de 2009

Comandos para Windows

Olá pessoal,

Muita gente gosta de usar atalhos para executares aplicativos ou opções do sistema Windows.
No menu Iniciar -> Executar você pode digitar diversos comandos que vão auxiliar e muito sua vida. Abaixo alguns exemplos e um arquivo para você baixar a lista completa!

Assistente de controles => access.cpl

Assistente de acessibilidade => accwiz

Adicionar novo hardware => hdwwiz.cpl

Adicionar/Remover programas => appwiz.cpl

Ferramentas Admnistrativas => control admintools

Adobe Acrobat (Executar se instalado ) => acrobat

Adobe Designer (Executar se instalado ) => acrodist

Adobe Distiller (Executar se instalado ) => acrodist

Adobe ImageReady (Executar se instalado ) => imageready

Adobe Photoshop (Executar se instalado ) => photoshop

Atualizações automáticas => wuaucpl.cpl

Assistente para transferência BlueTooth => fsquirt

Calculadora => calc

Gerenciador de Certeficados => certmgr.msc

Mapa de caracteres => charmap

Check Disk Utility => chkdsk

Clique aqui para baixar o arquivo com a lista com 156 comandos para Windows.

Abraços e sorte

Mas pai ?!?!?!??!?

Bom dia,

Estou postando uma matéria no mínimo interessante, feita pela Época Negócios, que fala sobre a decisão dos multimilionários em deixar sua fortuna para instituições de caridade e não para os filhos. Segue abaixo:



O interesse crescente em filantropia entre os mais ricos do Reino Unido e dos Estados Unidos indica que a próxima geração de multi-milionários talvez não faça justiça ao título. Segundo uma pesquisa divulgada agora, muitos milionários – e até bilionários – pretendem deixar menos dinheiro como herança para seus filhos.

Pesquisa da Richard Harris, fundadores do serviço de testamento online, descobriu que 62% das pessoas com ativos estimados em mais de US$ 800 mil planejam gastar seu dinheiro com obras de caridade ou simplesmente doá-lo para as organizações.

Com isso, os milionários estariam seguindo os passos de ricos “do bem” como Bill Gates e Duncan Bannatyne, que decidiram doar a maior parte de suas fortunas para causas nobres a fim de iincentivar os filhos a iniciar uma carreira e pagar suas próprias contas.

Segundo o próprio Richard Harris, “filantropos ricos, principalmente empreendedores multi-milionários, são firmes em dizer que querem que seus filhos tenham um incentivo para trabalhar duro como eles fizeram em suas vidas. E uma forma de fazer isso é limitando suas heranças”.

“Os pais não querem tirar a ambição dos filhos”, diz. “Em vez de deixar suas fortunas para trás, eles estão repassando a maior parte do dinheiro para causas sociais que eles já defendem e nas quais acreditam. Eles estão colocando mais ênfase em deixar um legado que beneficie a sociedade.”

“Há uns dez anos, 75% da lista dos mais ricos do jornal Sunday Times eram compostos por gente que havia herdado dinheiro de família. Hoje, essa proporção é inversa”.

Tanto é verdade que a lista dos filantropos inclui nomes de prestígio do mundo dos negócios.


- Duncan Bannatyne – Empreendedor que faz parte do programa de TV inglês “Dragon’s Den”, em que milionários dizem se vão ou não investir no negócio de novos empreendedores. Pai de seis filhos. Ele criou um fundo para beneficiar suas crianças, mas já avisou aos filhos que eles terão de demonstrar fibra moral suficiente antes de receber sua parte do quinhão.

- Peter Jones – Empreendedor que também faz parte do programa “Dragon’s Den” já disse aos cinco filhos que eles terão de trabalhar, mas prometeu que um fundo vai dobrar sua renda a cada ano e se eles decidirem trabalhar com organizações de caridade (terceiro setor) ou assumirem um trabalho socialmente responsável, o fundo pagará três vezes seu salário anual.

- Bill Gates – O fundador da Microsoft planeja doar a maior parte de sua fortuna antes de morrer, mas quer deixar US$ 10 milhões para cada um dos três filhos. O resto vai direto para obras de caridade nas quais está envolvido com a Fundação Bill e Melissa Gates. Ele é especialmente atraído para projetos de educação em países menos desenvolvidos.

- Warren Buffet – O mega-investidor americano, segundo homem mais rico do mundo atrás somente do amigo Bill Gates, tem uma fortuna estimada em US$ 62 bilhões. Ele já declarou que vai deixar aos filhos “o suficiente para que eles possam fazer qualquer coisa, mas não tanto que não queiram fazer nada na vida”.

- Barron Hilton – O avô da patricinha Paris Hilton prometeu doar 97% da sua fortuna de US$ 2,3 bilhões para entidades beneficentes.

Fonte: Época Negócios / Globo.com

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sadia e Perdigão assinam acordo

Os presidentes-executivos e representantes dos acionistas da Sadia e da Perdigão assinaram na noite desta segunda-feira o contrato de fusão das duas empresas, criando a gigante da indústria alimentícia Brasil Foods (BRF). A nova empresa nasce com os apostos de décima maior empresa de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentícia do Brasil (atrás da JBS Friboi), maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior exportadora brasileira (atrás de Petrobras e Vale).

Com 119 mil funcionários, 42 fábricas e mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano, a gigante surge com um faturamento anual líquido de R$ 22 bilhões. A fusão foi concretizada depois de meses de negociações. A elaboração final do contrato, informa a reportagem, foi marcada por muitas idas e vindas entre advogados e executivos de bancos de investimentos envolvidos no acordo. Nesta terça, os presidentes dos conselhos da Sadia, Luiz Fernando Furlan, e da Perdigão, Nildemar Secches --que na segunda jantavam em um restaurante em São Paulo enquanto o contrato era assinado--, devem anunciar o negócio oficialmente e esclarecer dúvidas de analistas de mercado e jornalistas.

Também nesta terça, a fusão deve ser comunicada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) --órgão fiscalizador do mercado acionário--, que deve analisar se a operação foi realizada de acordo com a regulamentação. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão de defesa da concorrência, também precisa aprovar o negócio. Até lá, a estrutura das companhias continua funcionando de maneira independente.

Fonte: Folha de SP

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mudança na poupança

Nenhuma das alterações da poupança e dos fundos de investimento que o governo Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na semana passada entrou em vigor, mas os investidores de todos os portes estão bastante confusos e se perguntam qual é a melhor estratégia a seguir daqui em diante a fim de conseguir bons retornos para as suas economias.
Nada muda para quem tem até R$ 50 mil disponíveis para aplicações.
Para o investidor que tem um montante maior, nada muda ainda, também porque alguns detalhes sobre as novas regras não foram divulgados, como o tamanho efetivo do desconto de Imposto de Renda que será concedido aos cotistas de fundos durante 2009. Além disso, o Congresso ainda precisa aprovar as alterações.
Mas é possível fazer uma reflexão a respeito das táticas empregadas e, pensando nas mudanças que devem ser implantadas, tentar aperfeiçoá-las.

Com a queda da taxa básica de juros da economia -a Selic foi reduzida pelo Banco Central em 3,5 pontos percentuais desde dezembro-, a caderneta de poupança, a qual oferece rendimentos garantidos de 6% mais a TR (Taxa Referencial), já se mostra mais atraente para o investidor do que muitos fundos de investimento. A variável decisiva nessa comparação é a taxa de administração cobrada dos fundos -quanto mais elevada, menores os ganhos que sobram para o cotista.
De acordo com os cálculos feitos pelo professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) Eduardo Paiva a pedido da Folha, com a Selic a 10,25% ao ano, como se encontra agora, somente fundos com taxa inferior a 2% apresentam retorno superior ao oferecido pela poupança, considerando a cobrança de 15% de IR, uma alíquota aplicável ao cotista que fica no mínimo dois anos com o seu dinheiro investido.
O cenário é praticamente igual quando a simulação desconta dos rendimentos da poupança o Imposto de Renda que deve ser cobrado a partir do ano que vem dos investidores cujo saldo na caderneta seja superior a R$ 50 mil.
E, conforme a Selic vai sendo reduzida, menos sedutores ficam os fundos. Chegando a 8% ao ano, perdem da poupança sempre. Nesse ponto, dizem os especialistas, será inevitável para o governo mexer no rendimento da caderneta.

Vantagens e desvantagens
"O investidor, antes de pensar em sair da sua aplicação, tem que esperar para verificar se tudo o que foi anunciado vai se tornar realidade. Aí, sim, haverá parâmetros para analisar, na ponta do lápis, se vale a pena partir ou ficar", diz Mauro Calil, professor e consultor do Centro de Estudos Calil & Calil.
No momento em que as normas estiverem em vigor, a primeira providência a ser tomada é negociar com o gerente do banco taxas de administração menores ou procurar outras instituições que ofereçam condições mais vantajosas -lembrando que a alíquota de Imposto de Renda muda quando se troca de instituição, pois a contagem de tempo zera.
"Dependendo do caso, uma diferença de R$ 10 nos rendimentos nem sequer compensa o trabalho de trocar, afinal, esse dinheiro pode representar as qualidades de uma alternativa ou de outra", afirma Paiva. "A poupança se beneficia do fundo garantidor de crédito, do governo federal, que devolve para o investidor até R$ 60 mil na hipótese de quebra do banco. Demora um pouco mais para recuperar os recursos do fundo se houver algum tipo de problema. Só que o fundo agrega outros serviços que podem ser cômodos para o cliente. Cada um tem que pensar na sua conveniência e, importantíssimo, nos planos que faz para os recursos guardados. Esses objetivos é que devem guiar a escolha do instrumento mais adequado."
Outro conselho de Paiva é que o investidor perca o medo de aplicar em renda variável: ações e derivativos. São alternativas mais arriscadas; porém, no longo prazo, podem proporcionar ganhos maiores do que a poupança e os fundos.
"Entendo que existe um certo medo. No entanto, todos compramos geladeiras sem sermos eletricistas para saber quanto consome de energia ou notebooks sem sermos experts em informática. O mesmo vale para a Bolsa de Valores, trata-se de um produto como qualquer outro, a respeito do qual precisamos ter todas as informações antes de adquirir."

Fonte: Folha de SP

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Visanet protocola registro de IPO

A Visanet apresentou ontem oficialmente para análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro de sua oferta inicial de ações (IPO, em inglês). A empresa, que processa cartões de crédito e débito, tem como maiores acionistas o Bradesco, por meio da holding Columbus, com 39,3%; o BB Investimentos, que detém 31,6%; além do Santander, que possui 14,9%. A Visa International tem 10% e outros acionistas possuem os 4,2% restantes.
A Visanet deverá ser a segunda a testar o mercado este ano, já que, após o agravamento da crise, todas as postulantes foram desistindo de captar recursos no mercado. A única que concretizou os planos em 2009 foi a Redecard, também do setor de cartões, cuja oferta levantou R$ 2,213 bilhões em março.

Embora seja uma oferta inicial, que marca a estreia da companhia em bolsa, a operação da Visanet, assim como a da Redecard, será do tipo secundária, ou seja, não vai envolver emissão de novos papéis, mas apenas a venda de participações dos atuais sócios. A Visanet não explicita quanto pretende levantar. De acordo com reportagem do Valor publicada em 23 de abril, o objetivo seria que a cifra fosse de pelo menos R$ 5 bilhões, mas a oferta poderia ser bem maior, de cerca de R$ 10 bilhões, e deve ser uma das maiores já feitas no mercado local.

Fonte: Valor Economico

terça-feira, 12 de maio de 2009

Perdigão e Sadia - Perto de fechar negócio

Está muito perto de ser concluída a negociação para juntar a Perdigão e a Sadia, duas das maiores companhias de alimentos da América Latina. Pelo que ficou acertado, a Perdigão incorporaria a Sadia por meio de uma troca de ações. A Perdigão ficaria com cerca de 70% da nova companhia e a Sadia com cerca de 30%. Não haveria desembolso de dinheiro num primeiro momento. A empresa que sairia da associação das duas companhias ficaria listada no Novo Mercado, onde já são negociadas as ações da Perdigão.
O acordo prevê, numa segunda fase, a entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do BNDES Par. O banco entraria como investidor em uma emissão de papéis que deverá acontecer poucos meses depois da assinatura do contrato para criação da nova companhia.
Os bancos envolvidos na operação discutiam ontem o valor das ações para a operação de troca. Até o início da noite não tinham chegado a um acordo, mas as diferenças agora seriam mínimas. "Está na casa da vírgula. É 1% para um lado ou 1% para outro", afirma um executivo envolvido na operação.
Quando as instituições chegarem a um consenso, os acionistas serão consultados. Apenas do lado da Sadia são mais de 50 signatários do acordo de acionistas - integrantes das famílias Fontana e Furlan, entre outros - que ainda se dividem em outras ramificações e sub-acordos. Procuradas, Sadia e Perdigão não quiseram se pronunciar.
A nova emissão de ações foi a forma encontrada para capitalizar a companhia e resolver a questão do endividamento da Sadia, que perdeu R$ 2,6 bilhões com operações de derivativos cambiais no ano passado. A intenção é que o BNDES entre na operação com a compra desses papéis. A operação ainda não passou pelo conselho do BNDES. O lançamento de ações serviria ainda para remunerar os acionistas que quisessem liquidar suas posições.
Há anos que Sadia e Perdigão estão às voltas com uma possível fusão. Na primeira vez em que a ideia surgiu, em 2006, quem estava com maior capacidade de caixa era a Sadia, que lançou oferta de compra hostil. A proposta foi recusada pela Perdigão e agora o jogo de forças mudou.

A Perdigão cresceu nos últimos anos com aquisições como a dos laticínios Eleva, dona da marca Elegê. No ano passado, ela passou a Sadia em faturamento, com R$ 11,3 bilhões. A empresa registrou lucro de R$ 54 milhões.
A Sadia, que vinha em um processo de forte expansão, com altos investimentos e abertura de novas fábricas, fechou 2008 com um faturamento de R$ 10,7 bilhões. As operações malsucedidas com derivativos de câmbio levaram a empresa a registrar, no ano passado, o primeiro prejuízo de sua história, de R$ 3,8 bilhões.
Desta vez, a Sadia tentou outras negociações antes da Perdigão, procurando fundos de investimento dispostos a capitalizá-la. Como não apareceu nenhuma proposta animadora, seus acionistas passaram a dar mais atenção ao interesse da arquirrival. Segundo analistas de mercado, a união seria o caminho mais sensato para as duas.
Grandes exportadoras, no exterior a Perdigão é uma empresa de commodities, enquanto a Sadia tem uma marca forte em algumas mercados como Rússia e países da América latina. Os ganhos de sinergia, considerando apenas economias mais óbvias como os gastos com distribuição, seria da ordem de R$ 2 bilhões, quase 10% do faturamento somado das duas companhias (R$ 22 bilhões).
Com a provável união das duas empresas, as ações ficarão pulverizadas no mercado acionário. Mas dois grandes grupos de acionistas vão se destacar. De um lado, os fundos de pensão liderados pela Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, que são os controladores da Perdigão com mais de 30% da empresa. A Previ sozinha detém 14,16% da Perdigão e 7,33% da Sadia.
Ao final, a Previ e as famílias controladoras da Sadia ficariam mais ou menos com o mesmo porcentual. Mas a Previ seria a maior acionista individual.
A associação de Sadia e Perdigão teria de ser submetida aos órgãos de defesa da concorrência. Analistas não acreditam, contudo, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) venha a impor maiores restrições, uma vez que o governo tem como política estimular a criação de grandes multinacionais brasileiras. As negociações entre Sadia e Perdigão não envolvem o banco e a corretora Concórdia, que permanecem nas mãos dos controladores da Sadia.

Fonte: O Estado de SP

terça-feira, 5 de maio de 2009

IPO Visanet deve abrir nova fase na bolsa

Engavetado desde o agravamento da crise, no ano passado, o plano da empresa de cartões Visanet de lançar ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está sendo retomado. Segundo fontes do mercado, a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) deve ocorrer nas próximas semanas. Se concretizado, será o primeiro IPO na bolsa brasileira desde junho, quando a petrolífera OGX conseguiu levantar R$ 6,7 bilhões. A captação da empresa de Eike Batista foi a maior da história do País e encerrou um ciclo inédito de vigor do mercado de capitais brasileiro.
Mas a emissão de ações da Visanet também será responsável por marcar uma nova fase na bolsa. Segundo o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Ernesto Lozardo, o movimento da empresa pode significar o início da retomada dos processos de IPO no País. "Se a emissão de ações da Visanet se concretizar, vai dar um alento a quem ficou na fila do IPO", comenta. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 32 empresas que se preparavam para abrir o capital desistiram oficialmente do IPO desde de janeiro de 2008 até hoje.
O alento, porém, não servirá para todas essas companhias. Segundo Lozardo, apenas empresas realmente atrativas devem se arriscar na bolsa. Empresas médias também não terão espaço no mercado de capitais nos próximos anos. "O mais grave já passou. Agora, temos a construção de um novo mercado. Enquanto isso ocorre, ele vai olhar as grandes companhias", afirma Lozardo.
Estima-se que a venda de ações da Visanet levante cerca de R$ 5 bilhões. A concorrente Redecard, única empresa que emitiu ações este ano na Bovespa, em uma oferta secundária, também fez uma captação bilionária, de R$ 2,213 bilhões. "O mercado para empresas maduras continua. Talvez no segundo semestre tenhamos duas ou três operações, mas com preços mais ajustados e empresas mais seletivas", afirmou o vice-presidente executivo do Itaú BBA, Jean-Marc Etlin, em um evento para executivos de fundos em São Paulo, há um mês.
A consequência disso é que, por enquanto, as empresas que suspenderam o IPO - muitas médias e até pequenas, que inflaram suas operações para ter porte para fazê-lo - terão de achar outras alternativas de capitalização. Para empresas que se endividaram na preparação para a oferta, esse desafio é ainda mais urgente.

Algumas já encontraram saídas. A Locaweb, de internet, trocou o IPO - onde pretendia levantar R$ 200 milhões, no fim do ano passado - por um empréstimo bancário bem mais modesto, de R$ 27 milhões, para tocar os planos de expansão.
O diretor de relações institucionais, Celso Nunes, acredita que a bolsa não deve ser uma opção nos próximos dois ou três anos. "Empresas maiores terão mais facilidade agora. Um IPO de empresa do nosso porte requer mais apetite de risco. A história é bem diferente."
A Droga Raia, fundada pela família Pipponzi há quase cem anos, também se preparou para o IPO, mas teve de abortar o plano com a chegada da crise. Segundo o vice-presidente comercial, Eugênio De Zagottis, a empresa gastou "uma quantia considerável em um processo que não chegou ao fim". Seus executivos chegaram a fazer road-show nos Estados Unidos e os bancos Credit Suisse e Unibanco foram contratados para coordenar a oferta.
Mas o esforço não foi em vão, afirma De Zagottis. Seis meses depois da desistência, a rede de farmácias vendeu 30% de seu capital para os fundos de investimento Gávea e Pragma Patrimônio. Cada fundo ficou com uma fatia de 15% da empresa. "A conclusão do negócio foi rápida porque já havíamos feito a lição de casa."
A empresa de construção civil Direcional, de Belo Horizonte, seguiu pelo mesmo caminho. Após a crise interromper os planos de captar dinheiro na bolsa, processo onde chegou a investir R$ 3,2 milhões, vendeu 25% do capital para o fundo de investimentos Tarpon. O negócio, concluído em março de 2008, rendeu R$ 250 milhões para a empresa. "Diante do cenário de contração de liquidez, que começou no fim de 2007, a opção de receber aporte de um fundo de private equity parecia muito mais viável", diz o diretor financeiro, Daniel Amaral.

DÍVIDAS
Outra que desistiu, a construtora pernambucana Moura Dubeux pediu o registro de abertura de capital na CVM em agosto de 2007. Neste mesmo ano, pegou um empréstimo de R$ 25 milhões com o Banco Credit Suisse, um dos coordenadores da oferta de ações. Segundo prospecto preliminar enviado à CVM, a empresa pretendia usar 10% do dinheiro captado no IPO para pagar suas dívidas.
Com a reviravolta do mercado, teve de desistir da abertura de capital. Agora, sua alternativa tem sido fazer parcerias em projetos específicos. "O IPO representava uma entre várias alternativas de captação de recursos", informou a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa.

Fonte: Jornao O Estado de SP

Pequenas empresas, grandes promessas

A combinação do forte fluxo de capital externo para a Bovespa com valorizações que passaram a ser espalhar para além da linha nobre do Ibovespa a partir de abril é que estão refletidas nas recomendações para a Carteira Valor de maio. Em meio ao balaio tradicional de commodities, bancos e concessionárias de serviços públicos, ganham relevância papéis de empresas menores, de baixa capitalização ("small caps") e que estão longe de ser os centros de liquidez da bolsa brasileira. Com a melhor distribuição dos recursos que ingressam no mercado local, a percepção dos analistas é de que movimentos como o de ontem, que levaram o índice a uma alta de 6,59%, aos 50.404 pontos, possam ser, de fato, consistentes. O giro chegou a R$ 7,221 bilhões, o maior desde 15 de abril.
Para se ter uma ideia da dispersão, as 10 corretoras participantes da Carteira Valor indicaram 41 papéis diferentes para maio, em comparação aos 30 do mês de abril. Tamanha diversidade só encosta no número de recomendações de dezembro passado, quando 37 ações foram escolhidas. Não que os principais carros-chefes do Ibovespa, como as preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras (4 indicações), Vale PNA (2) ou o setor financeiro, com Itaúsa PN e Redecard ON (com 2 menções), ou ainda Itaú Unibanco PN e Bradesco PN (1 indicação cada) tenham deixado de ser as opções preferenciais. Mas o que se nota é que abaixo das fronteiras da liquidez, os analistas já se sentem mais confortáveis para eleger ações pelo critério exclusivamente fundamentalista, luxo que não podiam se dar nos meses em que a crise internacional mostrava a sua face mais devastadora.
"O forte fluxo (externo) de investimentos veio combinado com uma valorização significativa na segunda linha, o que não se via há muito tempo, e isso está associado não só à redução da aversão a risco global como às perspectivas mais favoráveis para a atividade local", resume a estrategista da Ativa Corretora, Mônica Araújo. Para ela, embora não seja possível ser conclusivo a respeito da longevidade desse capital, o direcionamento de recursos para ações de menor liquidez pode ser interpretado como um posicionamento de, pelo menos, médio prazo.
Sem abandonar a ideia de focar setores mais estáveis, com certa previsibilidade de resultados e fluxo de caixa, como Itaúsa PN, Eletropaulo PNB e Vivo PN, a casa também agregou alternativas mais arrojadas do universo da segunda linha. Incluiu Guarani ON e Iguatemi ON.

Para Mônica, o desconto atual de Guarani em relação às concorrentes São Martinho e Cosan não condiz com a capacidade de esmagamento de cana da companhia controlada pela multinacional francesa Tereos e essa diferença tende a ser reduzida. "Trata-se de uma empresa bem administrada, que atua em toda a cadeia de açúcar com presença até no varejo, além das expectativas positivas para a commodity em si", explica, referindo-se à quebra de safra na Índia, que elevou as cotações no mercado internacional. Já a escolha de Iguatemi é um caso de investimento com apelo típico de mercado interno. As medidas de estímulo ao consumo adotadas pelo governo começam a trazer resultados para a economia local e o aumento do tráfego em shopping centers é um dos resultados esperados.
O trânsito de capital externo ganhou velocidade porque muitos gestores de portfólios globais estavam subalocados em ações e tiveram de buscar mercados que os remunerassem a contento e o Brasil foi um desses destinos, diz o chefe de análise da Bradesco Corretora, Carlos Firetti. Para ele, apesar de haver pontos de fraqueza evidentes na economia americana e global, houve uma pausa no fluxo de notícias negativas. Nessas condições, é preciso "viver o momento" para aproveitar as oportunidades de curto prazo. A casa, que já tinha uma inclinação para o mercado interno e para a segunda linha com Drogasil ON e Cosan ON, incluiu as units (recibos de ações) da América Latina Logística (ALL) e as ações ordinárias (com direito a voto) da GVT.
Embora a ALL tenha fatia importante do negócio em commodities metálicas, o investimento no papel se justifica mais pelas perspectivas ainda favoráveis para o transporte da safra agrícola, argumenta Firetti. Além disso, a parceria com a Cosan - para a construção de uma plataforma de transporte de açúcar e derivados do interior de São Paulo até o porto de Santos - dá base para a tese de que este pode ser também um caso de crescimento. Ontem, ALL disparou na Bovespa, teve ganhos de quase 15% e figurou como a maior alta do Ibovespa.
A aposta em crescimento também aparece na escolha de GVT. A empresa de telefonia fixa vem ganhando participação de mercado e tem nas operações de banda larga uma das suas principais frentes de expansão, cita Firetti.
Embora as "blue chips" ainda sejam o destino da maior parte do capital externo, é na segunda linha que vão estar os retornos mais atraentes, considera o chefe de análise da Link Investimentos, Andres Kikuchi. "A tendência agora é que os investidores façam a sintonia fina, olhando mais o 'case' do que o fluxo de curto prazo." Não por outra razão, a casa mescla papéis como Vale PNA e Itaúsa PN com Copasa ON, OHL ON e Suzano Papel.
Tanto entre as "small caps" quanto nas frentes de liquidez da Bovespa há ações que, com o rali de abril - e a estilingada de ontem -, ficaram próximas de seus preços-alvos e é de se esperar que haja uma busca por opções que tenham ficado para trás, diz o analista da Spinelli Corretora, Jayme Alves. O movimento recente foi notadamente puxado pelas companhias de papel e celulose, além de construção civil, e haveria espaço para uma diversificação adicional.

Fonte: Valor Economico

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A calmaria pode anteceder onda devastadora

Nos mercados financeiros, costuma-se dizer que pânicos devem ser usados como boas oportunidades de compra, enquanto "bear markets" (mercados com tendência de baixa) devem ser vendidos tão logo são identificados. Claro, a questão de um milhão de dólares é conseguir identificar corretamente ambos.

A diferença entre pânico e bear market não é o estrago causado nos preços, mas a duração e o impacto na psicologia dos agentes de mercado. Em 1987, o S&P 500 chegou a cair mais de 30% num único dia! Fatores técnicos, como os programas de "stop loss" (limitação de perdas) de muitos especuladores, contribuíram para este pânico. Quem teve coragem de comprar nesse momento, ganhou muito dinheiro depois.

Mas, durante os "bear markets", a entrada prematura pode ser fatal. Uma mudança radical no cenário pode levar anos até ser alterada novamente. O estouro de uma bolha especulativa pode demandar muitos meses de ajustes dolorosos. Durante esta fase de limpeza dos excessos da bonança, ocorrem recuperações nos mercados que podem iludir os mais otimistas. Saber quando se está diante de um "bear market" rali, ou quando uma nova fase de otimismo sustentável começou, faz toda a diferença no resultado. Acertar as viradas dos mercados é praticamente impossível. Mas muitos investidores acabam enganados pelas falsas viradas, fases de acelerada recuperação dos ativos durante um cenário ainda desfavorável. Agem como os pescadores no filme "The Perfect Storm", que comemoram a calmaria que antecede a onda devastadora e fatal.

O passado nunca é um guia perfeito para o futuro, que é sempre incerto. Mas ignorar totalmente as lições do passado pode ser o caminho mais rápido para a desgraça. Com isto em mente, pode ser útil observar alguns famosos "bear markets" para saber o que ocorreu durante estas épocas difíceis. Selecionei cinco casos conhecidos:

1) Entre 1929 e 1932, no auge da Grande Depressão, o Dow Jones perdeu mais de 90% do seu valor. Nesse período, ocorreram pelo menos cinco fases de recuperação, com altas, que foram de 20% a 40%;

2) Entre 1989 e 1992, com o estouro da bolha japonesa, o Nikkei perdeu mais de 60% do seu valor. Durante esse ajuste, ocorreram três grandes altas de 20% a 30%. Desde 1989 até hoje, o Nikkei já perdeu mais de 75% de valor. Isso não impediu que houvesse vários ralis dentro do grande "bear market". Foram pelo menos seis grandes fases de recuperação, com uma valorização de até 140% num dos casos. Mas atualmente, o índice japonês de ações ainda vale apenas 23% do que valia no seu pico de 1989;

3) Entre 1994 e 1997, o Kospi coreano perdeu mais de 85% de seu valor em dólar durante a famosa crise asiática. Enquanto as ações eram praticamente dizimadas, ocorreram pelo menos quatro fases de recuperação, com altas entre 20% e 30%, sendo que o índice chegou a dobrar de valor em 1997, partindo de um fundo intermediário, apenas para fazer um novo fundo depois;

4) Entre 1997 e 2002, o Ibovespa se desvalorizou mais de 80% em dólar. Mas, naquele período, ocorreram pelo menos quatro recuperações fortes, sendo que em uma delas o índice dobrou de valor;

5) Entre 2000 e 2002, a bolha da internet estourou e a Nasdaq caiu mais de 80%. No entanto, três fases de recuperação de quase 50% ocorreram no período.

Em resumo, há muita volatilidade durante os grandes "bear markets". Quando a espinha dorsal de um "bull market" (mercado com tendência de alta) se quebra e os mercados entram numa fase de longo pessimismo e ajuste, o ponto da virada definitiva pode levar bastante tempo para chegar. Isso não quer dizer que várias fases de recuperação serão inexistentes. Como fica claro nos exemplos, pode ser justamente o contrário. Expressivas altas podem coexistir com grandes e duradouros "bear markets". Um bêbado em ressaca pode ter espasmos de euforia.

Para quem possui habilidades de trader e deseja surfar essas ondas de forma oportunista, é possível ganhar muito dinheiro com esses ralis baixistas. O perigo maior é quando o investidor passa a acreditar que o pior já passou e que está diante de uma importante virada sustentável de longo prazo, enquanto está apenas verificando uma recuperação dentro de um mercado ainda negativo. Nesse caso, é provável que ele aumente suas apostas justamente no momento em que deveria estar vendendo e reduzindo exposição.

Afinal, nos "bull markets", deve-se comprar qualquer realização ("buy the dips"). Mas, nos "bear markets", deve-se vender qualquer recuperação ("sell the rallies"). O complicado é conseguir identificar quando é um e quando é outro. Eis o grande desafio!

Matéria de Rodrigo Constantino - Economista e Gestor de recursos

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