terça-feira, 14 de abril de 2009

G-20 e o seu significado para os investidores

Ola pessoal,

Há pouco tivemos a reunião do G-20 e para alguns investidores isso não tem importância e outros não entendem bem. Abaixo um artigo feito por Roberto Macedo, CFPTM (Certified Financial PlannerTM) e economista, que nos mostra o significado do G-20. Vale a pena ler!

G-20 e G-8
O G-20 em questão, pois há outro com mesmo nome, reúne os países mais importantes da economia mundial. 19 países têm representação individual e a União Européia(EU) também o integra. Os países são: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

Estima-se que o G-20 abrange 85% do PIB mundial, 80% do comércio internacional (incluindo o intra-UE), e dois terços da população do planeta, segundo a Wikepedia. A mesma fonte diz que foi criado em 1999, após as crises financeiras de alcance internacional que marcaram a década de 1990. Seu objetivo é buscar soluções para questões econômico-financeiras de interesse comum e alcance mundial. Das reuniões participavam os ministros de finanças. Contudo, em 15/11/08, na esteira da atual crise econômica, à reunião vieram os chefes de Estado ou de governo, o mesmo acontecendo nessa reunião de Londres.

Criado em 1975, o G-8 tem como membros Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália, Japão e Rússia. Tem agenda mais ampla, também de interesse comum ou internacional, e alcança desde questões de saúde a terrorismo e comércio. É conhecido como o grupo dos ricos e a presença da Rússia, que não é considerada como tal, se explica pelo seu peso político, em particular em questões de segurança. Dada essa constituição e tradição, até essa reunião de Londres o G-8 era considerado o grupo mais importante mesmo em questões econômicas.
Reuniões de grupos como esses costumam ser vistas com ceticismo, pois suas decisões muitas vezes demoram a ser implementadas, e às vezes nem o são, dado que os países têm sua soberania e precisam de legislação interna para seus acordos internacionais.

O G-20 em Londres
Por essa razão, as expectativas quanto à reunião tinham uma boa dose de ceticismo, mas havia também a esperança de que a gravidade da crise levasse a resultados concretos. No final, avaliação foi muito positiva, pois a reunião teve significado e conteúdo.

O significado veio da percepção de que o G-20 se firmou como o grupo relevante para discutir e buscar soluções coletivas para a crise em andamento, com o G-8 revelando-se muito exclusivo para lidar com as dimensões mundiais com que ela se revelou.

O conteúdo esteve em medidas como a ampliação dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em cerca de US$1 trilhão, um valor que é aproximadamente o do PIB anual do Brasil. Essa medida não foi suficientemente valorizada aqui, pois hoje não precisamos de ajuda do FMI, mas foi muito importante para países que com a crise passaram a sofrer crises cambiais, com destaque para os do Leste Europeu.

Entre as demais medidas está a mais forte e abrangente regulação do sistema financeiro, inclusive via contenção da alavancagem exagerada e alcançando também as agências de risco, e o cumprimento de regras de transparência para os “paraísos fiscais”. Também importante é que o G-20 passará a ter uma Diretoria de Estabilidade Financeira, que, segundo o comunicado, “colaborará com o FMI para prover aviso antecipado de riscos financeiros e macroeconômicos e as ações necessárias para enfrentá-los”. E será marcada nova reunião do G-20 este ano para seguir o andamento das medidas acordadas.

Significado para investidores
Medidas como essas – e tudo indica que serão efetivamente tomadas, sendo que algumas já foram iniciadas –, deverão reduzir o risco do sistema financeiro, contribuir para a superação da crise e favorecer os investidores, exceto os envolvidos com os “paraísos fiscais”. Tanto assim é que os mercados financeiros acolheram bem o pacote, que logo beneficiou os investidores em ações. No Brasil, à medida que as medidas se tornaram conhecidas, a Bovespa subiu 4,19% no dia 2/4, fechando em 43.736 pontos, sua melhor marca desde 3/10/08, quando estava em 44.517 pontos e no dia útil seguinte caiu para 42.101 pontos. Portanto, o G-20 consolidou-se como um ator importante no cenário financeiro internacional.

Fonte: Matéria disponibilizado pelo Banco do Brasil.

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