terça-feira, 4 de agosto de 2009

Multinacionais brasileiras cresceram 32% em 2008

Levantamento foi feito pela Fundação Dom Cabral.
Gerdau, Sabó e Marfrig são brasileiras com maior atuação no exterior.

A crise atrapalhou, mas as vinte maiores empresas multinacionais brasileiras fecharam 2008 com um aumento em seu nível de internacionalização, segundo ranking divulgado nesta terça-feira (4) pela Fundação Dom Cabral e patrocinada pela KPMG.

Em termos de ativos concentrados no exterior, as 20 maiores empresas multinacionais brasileiras somaram US$ 201 bilhões fora do país em 2008, com crescimento de 32% em relação ao ano anterior.

De acordo com o levantamento, 25,32% das receitas das 20 maiores empresas transnacionais brasileiras vieram do exterior, um crescimento em relação aos 24,26% que a participação internacional representava dos ganhos das companhias em 2007.

Os efeitos da crise sobre a demanda mundial, no entanto, não passaram despercebidos em parte das empresas transnacionais, embora as maiores companhias tenham apresentado crescimento. De um total de 41 empresas pesquisadas, 14 diminuíram seu índice de internacionalização.

De acordo com Jase Ramsey, professor e coordenador do Núcleo de Internacionalização da Fundação Dom Cabral, o levantamento foi realizado com base em 41 questionários respondidos por diretores internacionais das companhias entre maio e junho deste ano, sobre os dados referentes a 2008.

As empresas são convidadas a responder, mas nem todas participam; é o caso da JBS Friboi, por exemplo.

A metodologia da pesquisa, no entanto, não inclui no ranking as instituições financeiras que também responderam aos questionários. Caso estivessem na listagem, de acordo com a Dom Cabral, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil estariam na 23ª e 30ª posição, respectivamente, em grau de internacionalização.

Para calcular o grau de internacionalização das companhias, o estudo leva em consideração os seguintes indicadores: a relação da receita bruta das subsidiárias no exterior sobre o total; o valor dos ativos no exterior sobre o total; e o número de funcionários no exterior sobre o total.

Liderança

A siderúrgica Gerdau, segundo a pesquisa, foi a empresa que apresentou maior índice de "transnacionalidade", com 63% dos seus ativos no exterior, além de mais de 50% de suas vendas e funcionários fora do Brasil.



Em relação a 2008, a Gerdau teve crescimento de 49% na receita de suas subsidiárias no exterior, de 52% dos ativos estrangeiros e aumentou seu número de funcionários em 24% em 13 países que atua.

Na segunda posição está a fabricante de peças Sabó, que apresenta 40% de suas vendas, 49% de seus ativos e 33% de seus empregados no exterior, como resultado de suas operações em seis países.

O frigorífico Marfrig ocupa a terceira colocação no ranking, e foi a companhia que mais aumentou seus ativos fora do país em 2008, com uma expansão de 358% em relação a 2007.

Conforme o levantamento, a expansão porque a companhia ativos de 20 subsidiárias na Europa e na América do Sul no período.

Mercado doméstico

O levantamento mostra ainda que, embora muitas empresas tenham elevado seu grau de internacionalização em 2008, os ganhos no mercado doméstico ainda são maiores do que os alcançados no exterior.

Enquanto a margem Ebitida (que é a relação entre a geração de caixa de uma companhia e sua receita líquida) nas operações externas foi em média de 10,8%, a margem para as operações totais, predominantemente brasileiras, foi de 16,5%.

Futuro

Ainda de acordo com a pesquisa, os empresários das transnacionais brasileiras estão "cautelosamente otimistas" sobre o cenário econômico no curto e médio prazo, com base na expectativa de que a China lidere a retomada nos níveis de demanda mundial.

Segundo a fundação Dom Cabral, as companhias multinacionais mosream "intenção moderada" em aumentar a quantidades de países, ativos e funcionários no exterior. Para as que consideram a expansão em outros países, as exportações são o caminho preferido para se entrar no mercado externo.

"Isso se deve ao fato de ser uma estratégia pouco dispendiosa e que envolve menos riscos do que através de subsidiárias", diz o estudo.

Fonte: G1

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