sábado, 1 de agosto de 2009

Bovespa - Incentivo para pequenos investidores

Bom dia,

Levar o complexo mercado acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ao maior número de pequenos investidores possível. Essa é a missão que está nas mãos de Patrícia Quadros, gerente do Programa de Popularização da BMFBovespa. Para atingir o objetivo, Patrícia coordena uma série de projetos, o mais novo - e pioneiro - deles, um programa em TV aberta, que estreia no próximo dia 8 de agosto.

“No primeiro momento, são previstos 20 programas até o final do ano. No ano que vem a gente vê (a renovação do contrato com a TV Cultura), mas a idéia é ter continuidade”, diz Patrícia, em entrevista ao Último Segundo.

A atração na TV é apenas uma das diversas frentes coordenadas por Patrícia. Sua equipe já estuda a criação de novos projetos, voltados para a internet. A proposta é mesclar os cursos presenciais – que já atenderam mais de 104 mil pessoas desde 2002 – com iniciativas com maior poder de abrangência, por televisão e internet.

Apesar de não falar em metas e investimentos, a gerente da BMFBovespa tem um grande desafio pela frente. Durante o lançamento do programa de TV, o presidente da bolsa paulista, Edemir Pinto, revelou que o objetivo da empresa é elevar o número de pequenos investidores dos atuais 500 mil a 5 milhões, em um prazo de cinco anos. Para tanto, a bolsa deverá investir R$ 20 milhões em ações de popularização do mercado de capitais neste ano, o dobro do aplicado em 2008.

Nesta entrevista ao Último Segundo, Patrícia Quadros fala sobre o lançamento do programa, o comportamento do pequeno investidor na Bovespa e projetos futuros para atrair novas pessoas ao mercado de capitais.

Confira a íntegra da entrevista:



Quais são os principais medos das pessoas com relação ao mercado de capitais?

Não diria que exista um 'medo' por parte das pessoas que se interessam pelo tema mercado de capitais. Na verdade, as pessoas que participam dos programas de popularização da BM&FBOVESPA chegam até nós com diversas dúvidas, principalmente, no que diz respeito ao investimento em ações.

E como os programas de popularização ajudam a resolver isso?

O que passamos nos cursos do Educar são conceitos básicos de planejamento financeiro e cuidados importantes na hora de investir como, por exemplo, a importância de pensar sempre no longo prazo, diversificação da carteira de ações, conhecimento das empresas nas quais a pessoa deseja investir, planejamento orçamentário pessoal e familiar, entre outros.

Atualmente, quais são as estratégias adotas pela Bovespa para popularizar o mercado de capitais no País?


Esse programa existe desde 2002. Começou com o Bovespa Vai Até Você, que era um módulo que leva a Bolsa a diversos lugares, como praias, universidades, metrôs, teatros com o stand da bolsa para explicar o que é a BMFBovespa e como ela funciona. Além desse programa, temos o Mulheres em Ação, os simuladores de investimento, o Desafio BMFBovespa, o programa Educação Financeira. Percebemos que as pessoas tinham dificuldades para administrar suas finanças pessoas. Com isso, a gente criou esse programa para ajudar as pessoas a se organizarem financeiramente.

Qual o número de investidores que o Programa de Popularização da BMFBovespa pretende atingir?


Quanto mais melhor. Obviamente, a gente quer atingir o maior numero de pessoas. Mas não tem um numero estabelecido.

No último trimestre de 2008, a Bovespa teve um período bastante difícil por conta da crise. Como foi o comportamento do investidor pessoa física?

Cada vez mais a gente percebe que as pessoas físicas compreendem o que é o mercado de ações e como formar patrimônio com esse mercado. No momento da crise, houve um comportamento extremamente consciente das pessoas físicas em entender que é um mercado de longo prazo. Para quem ficar no longo prazo, o risco é muito menor do que aqueles que trabalham no curto prazo. Tanto é que a gente teve um comportamento muito claro da pessoa física na crise. Normalmente seria de exercer posições (vender as ações antes que caiam mais), o que não aconteceu.

Em agosto, a Bovespa inicia um programa de TV voltado a pequenos investidores. Há notícias de iniciativas como essa em outros lugares do mundo?

Acho que não, é um programa pioneiro. Nossa idéia é fazer com que nossos programas tenham uma abrangência ainda maior. Temos cursos presenciais e queremos ampliar isso. A ideia é fazer com que cada vez mais pessoas tenham acesso a informações voltadas à organização orçamentária. O programa tem esse foco principal. Fazer com que as pessoas aprendam a organizar suas finanças.

E como vai ser a estrutura do programa?

É um programa de 12 minutos, curto, mas que passa as informações de forma tranqüila para que as pessoas consigam entender. Tem conceitos econômicos, mas de forma bem lúdica para que todos entendam.

Então, o programa não falará somente sobre investimento em ações?

Não adianta falar para investir em ações se as pessoas não conseguem administrar as finanças. A primeira ideia é ajudar as pessoas a se organizar, para depois mostrar as opções de investimento. Obviamente, vamos falar de todas as opções, mas com foco no mercado de ações.

O contrato firmado com a TV Cultura tem qual duração?

No primeiro momento, são previstos 20 programas até o final do ano. De 8 de agosto até dezembro, e o ano que vem a gente vê, mas a idéia é ter continuidade.

Quais são os outros projetos que estão em estudos hoje pela BMFBovespa?

Existem diversas iniciativas que estamos desenvolvendo voltadas para web com esse objetivo. Além de continuar com programas presenciais, vamos com alguns projetos também para a Internet. Mas não posso revelar mais detalhes ainda.

Fonte: Ultimo Segundo

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