quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Petrobras lidera indicações para outubro

"Blue chips" como Petrobras e Vale continuam entre as principais recomendações para a Carteira Valor. A estatal do petróleo lidera, com seis indicações no mês. A explicação está no fato de essas empresas terem apanhado bastante com a saída dos estrangeiros, tornando-se verdadeiras pechinchas. E como estão entre as mais líquidas da bolsa, são as primeiras a se beneficiar com uma recuperação do mercado.
Projeções da corretora Concórdia indicam um preço/lucro (P/L, que dá uma idéia do tempo de retorno) para o papel preferencial (PN, sem voto) da Petrobras de 7,8 em 2009. No caso da Vale PNA, que recebeu duas indicações, o P/L projetado é de 6. Múltiplos bastante atraentes, levando em conta um P/L médio nos últimos dez anos de 10,5 para a Petrobras e de 8,8 para Vale, destaca o chefe de análise da Concórdia, Eduardo Kondo.
"Petrobras e Vale são grandes companhias, com resultados consistentes, e mesmo com uma desaceleração mundial, o lucro delas não será reduzido drasticamente", destaca Kondo. Até porque são empresas líderes e, de certa forma, monopolistas, avalia. Para 2009, o analista trabalha com alta dos lucros de 30% para a Petrobras e de quase 47% para a Vale. Kondo lembra ainda que as companhias anunciaram investimentos significativos até 2012. "Na pior das hipóteses, não há investimentos, mas a demanda atual tem condição de absorver a produção."

O estrategista de pessoa física da Itaú Corretora Fábio Anderaos de Araújo ressalta que o momento é bastante propício para a Petrobras, já que os preços de petróleo estão oscilando menos e seu resultado deverá ser beneficiado pela alta de combustíveis no terceiro trimestre. O risco, no entanto, é o governo decidir pela criação de uma nova estatal para a exploração dos campos do pré-sal, ressalta a analista da SLW Kelly Trentin.
Na avaliação de Araújo, do Itaú, a Vale deve sofrer com notícias ruins. A tentativa de negociar um aumento adicional de preços do minério com os chineses no olho do furacão foi um erro estratégico, diz. Além disso, a queda nos preços do níquel prejudica a empresa.
Entre as ações de siderurgia indicadas em outubro, CSN foi substituída por Gerdau, com duas indicações. Usiminas permaneceu, com duas recomendações. As siderúrgicas, em geral, são beneficiadas pelo mercado interno ainda aquecido. A saída da CSN está muito ligada ao temor de que ela tenha tido perdas significativas com contratos de derivativos. "Tiramos da nossa carteira empresas (como Aracruz e CSN) que podem ter perdido dinheiro em operações irresponsáveis", diz o analista da Link Investimentos, Celso Boin.

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