segunda-feira, 26 de maio de 2008

Tecnologia flex atrai estrangeiros

Perto de atingir a marca de 6 milhões de unidades vendidas, o equivalente a mais de 20% da frota de automóveis e comerciais leves, os carros flex transformaram a matriz energética do País, fazendo com que a energia produzida a partir da cana-de-açúcar superasse a tradicional energia hidráulica e a eletricidade. A tecnologia nacional tem atraído interesses internacionais, apesar dos recentes ataques ao biocombustível.
A General Motors tem nove engenheiros brasileiros trabalhando na matriz, nos Estados Unidos, no aperfeiçoamento dos veículos flexíveis locais. Em sua recente passagem pelo Brasil, a chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu a possibilidade de ter carros a etanol na Alemanha. França e Suécia já produzem automóveis com motores importados da filial carioca da PSA Peugeot Citröen.
O Brasil é o único país onde os carros rodam com 100% de álcool, além de ter 25% do produto adicionado à gasolina. Nos EUA e na Europa, os carros denominados flex utilizam 15% de gasolina e 85% de etanol, proveniente do milho, beterraba e grãos.
Outros países adicionam à gasolina entre 3% a 20% de etanol para reduzir a emissão de poluentes e a dependência do petróleo.

O presidente mundial de operações da GM, Fritz Henderson, informa que, até 2012, metade da produção da montadora nos EUA será de veículos flex.
Os EUA lançaram o carro flex antes do Brasil, na década de 90, mas utilizavam um sensor com infravermelho para analisar e distribuir o combustível pelo motor, uma tecnologia considerada cara.
Mais recentemente, com a necessidade de buscar alternativas à alta do preço do petróleo, os americanos estão ampliando o uso dos veículos flex e têm adotado soluções brasileiras. “Nossa experiência é vasta na mistura, até mesmo quando o combustível está fora das especificações”, afirma Vicente Lourenço, diretor de engenharia da GM Power Train do Brasil, referindo-se aos produtos adulterados.
Segundo ele, por já dominar a tecnologia do carro a álcool, o Brasil também tem soluções mais viáveis para a corrosividade das peças. “Dentro da multinacional, nós somos reconhecidos como os que têm o sistema flex mais desenvolvido e de maior uso em massa”, afirma Lourenço.
Os EUA têm cerca de 5 milhões de carros flex, o que representa pequena parcela da frota local. A GM responde por 40% da frota com motor alternativo. Para Henderson, “o etanol é a única solução de curto prazo contra o aumento do preço do petróleo”. A GM fez parceria com duas empresas para o desenvolvimento do etanol de resíduos de lixo, madeira e outras matérias-primas.

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