sábado, 7 de junho de 2008

Disparada do petróleo e desemprego nos EUA derrubam mercados

Depois da forte retomada da véspera, os mercados voltam a cair forte nesta sexta-feira (6). O que à primeira vista pode parecer realização, encontra em um noticiário turbulento fundamentos mais do que necessários para explicar o movimento declinante. A pressão pela realização fica para segundo plano entre as ocorrências externas. Tudo parece conspirar contra o ritmo dos negócios, com destaque para o preço do petróleo nas bolsas mercantis internacionais e dados alarmantes da taxa de desemprego norte-americana. Depois de passar por um período de ajuste mais expressivo, o barril do petróleo dispara mais de 6% em Nova York e volta a quebrar recordes históricos, trazendo de volta as preocupações quanto ao desdobramento inflacionário deste ciclo de altas. A explicação da disparada evidencia a outra referência preocupante do dia: o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Além da presença do capital especulativo, entre projeção do barril a US$ 150 pelo Morgan Stanley, a matéria-prima encontra na expressiva desvalorização do dólar a explicação para a busca dos investidores por um instrumento de hedge ao enfraquecimento da moeda. E grande parte da desvalorização do dólar vem atrelada ao preocupante Employment Report divulgado.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos apresentou sua maior evolução das últimas duas décadas, com destaque para a falta de postos de trabalho ao grupo dos mais jovens. Uma amostra deste ambiente atribulado aos negócios é o retrato dos índices de Wall Street, que experimentam a pior sessão do mês. 70 mil pontos ameaçados; dólar sobe O cenário externo pressiona a bolsa brasileira e dá fôlego para o movimento de realização, mas também evidencia uma contradição.
A disparada do petróleo que alerta acerca da inflação e penaliza os negócios tanto em Wall Street quanto por aqui é a mesma que limita parte das perdas do Ibovespa. Esta situação se deve pela força dos papéis da Petrobras sobre o índice doméstico. A resposta das ações da estatal reduz consideravelmente a amplitude das perdas na bolsa brasileira, mas não mostra força suficiente para apagá-la. Entre estes eventos, o Ibovespa configura queda próxima de 1,50% no período da tarde, oscilando em torno dos 70.100 pontos. O volume financeiro ultrapassa R$ 3,87 bilhões. No mercado de câmbio, o dólar comercial rebate as perdas frente ao real na véspera com tímida oscilação de 0,06%, que o coloca a R$ 1,6280.

Por: Equipe InfoMoney

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