quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

EUA prevê mais crise em 2009

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) afirmou que o cenário para a economia norte-americana neste ano se agravou ainda mais e que a política de juros próximos de 0% deverá ser mantida por um bom tempo.
Sem citar números, a instituição disse que diminuiu "expressivamente" suas previsões para a atividade econômica em 2009, mas que ainda espera recuperação moderada para 2010. Na sua previsão mais recente, divulgada no final de outubro (quando o cenário de crise aguda já estava configurado), o Fed afirmou que o PIB dos Estados Unidos deveria variar entre -0,2% e 1,1% neste ano.
Mesmo com a decisão em dezembro de cortar os juros para uma banda de 0% a 0,25% -o menor nível desde pelo menos 1954-, o BC norte-americano afirmou que "o cenário econômico permanecerá fraco por um bom período e que os riscos de baixa para a atividade econômica seriam substanciais".

Se as previsões para a economia são ruins, o cenário para o emprego é ainda pior. A taxa de desemprego, que em novembro atingiu o maior nível desde 1993 (6,7%), deverá continuar crescendo até 2010, superando até mesmo as previsões do Fed em outubro, quando estimava que chegaria no máximo a 7,3%. A última vez que o desemprego americano alcançou a casa dos 8% foi no início da década de 1980, em um dos seus piores ciclos de recessão.
Além do agravamento no desemprego, o Fed viu pioras em praticamente todos os setores da economia, como o recuo da produção industrial, a queda nos gastos das empresas e das famílias e a piora na confiança dos consumidores. A construção, epicentro da crise, deve se contrair ainda mais, segundo o banco central americano.
Sobre os juros, o BC disse, na ata da reunião de dezembro, que a política monetária deverá ser mantida por "algum tempo" e que, com a taxa próxima de 0%, deverá priorizar novas ferramentas para fornecer novos estímulos à economia, que parece rumar para a pior recessão em mais de 70 anos.

" Barack Obama, em pronunciamento após reunir-se com sua equipe econômica, adverte que o déficit fiscal dos Estados Unidos no ano corrente pode atingir patamares muito elevados, passando da marca de um trilhão de dólares. Segundo o presidente norte-americano eleito no ano passado, o país deve gastar dinheiro agora para impulsionar a economia e reativar o desenvolvimento do mercado interno através de medidas fiscais para que o orçamento seja sustentável a longo prazo. O déficit fiscal no fechamento do último ano fiscal dos Estados Unidos se encontrava em US$ 455 bilhões, número computado sem a inclusão do pacote de US$ 700 bilhões solicitado pela Casa Branca. "

Fontes: Jornal Folha de São Paulo / ADVFN

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