terça-feira, 8 de setembro de 2009

Investimento Exóticos

Olá pessoal,

Depois da implosão das hipotecas Wall Stret precisou encontrar outras formas de ganhar dinheiro, algumas meio estranhas, mas... acompanhe:

Os banqueiros pretendem comprar "life settlements", seguros de vida que os doentes e idosos vendem em troca de dinheiro - US$ 400 mil por um seguro de US$ 1 milhão, digamos, dependendo da expectativa de vida da pessoa assegurada. Depois, eles planejam "securitizar" essas apólices, no jargão de Wall Street, reunindo centenas ou milhares delas em títulos remunerados. Então eles irão revender esses títulos para investidores, como grandes fundos de pensão, que receberão o retorno quando as pessoas asseguradas morrerem.

Quanto mais cedo o assegurado morrer, maior o retorno - apesar do fato de que, se as pessoas viverem mais do que o esperado, os investidores podem ter pouco retorno ou até mesmo perder dinheiro.

De qualquer forma, Wall Street lucraria ao embolsar taxas consideráveis para criar os títulos, revendê-los e negociá-los. Mas algumas pessoas que estudaram a venda de apólices alertam que as seguradoras podem ter que aumentar os prêmios em curto prazo se acabarem tendo que pagar por mais mortes do que esperavam.

A ideia ainda está na fase de planejamento. Mas "nossos telefones já estão tocando sem parar com perguntas", diz Kathleen Tillwitz, vice-presidente da DBRS, que classifica o risco de investimentos e está recebendo nove propostas para securitização de seguros de vida de investidores privados e firmas financeiras, incluindo a Credit Suisse.
"Esperamos conseguir uma multidão depois da primeira oferta", disse um banqueiro de investimentos sem autorização para falar à imprensa.

Logo após a crise financeira, os investimentos exóticos sonhados por Wall Street receberam grande parte da culpa. Não foram simplesmente os ativos de hipotecas subprime, mas uma variedade de produtos - swap de crédito, investimento estruturado, obrigações de dívidas subsidiadas - que se mostraram bem mais arriscados do que se imaginava.

O colapso proporcionou uma má fama à magia financeira em todo o mundo, mas não em Wall Street. Mesmo enquanto Washington debate aumentar a regulamentação financeira, os banqueiros estão correndo para elaborar novos produtos.

Além de securitizar as apólices compradas, por exemplo, alguns bancos estão reempacotando seus títulos com prejuízo em outros mais bem qualificados, chamados de "re-remics" (ressecuritização de investimentos canalizados de hipotecas do mercado imobiliário). Morgan Stanley diz que pelo menos US$ 30 bilhões em re-remics residenciais foram feitos este ano.

A inovação financeira pode ser boa, é claro, ao reduzir o custo dos empréstimos para todos, dando aos consumidores mais escolhas de investimentos e, mais amplamente, ajudando a economia a crescer. E os que propõem a securitização das apólices compradas dizem que isso irá beneficiar os que querem resgatar o dinheiro de suas apólices enquanto ainda estão vivas.

Mas alguns estão desiludidos com o rápido retorno de Wall Street à sua velha forma, caçando lucros com produtos novos complicados.

"É algo dúbio", disse James D. Cox, professor de legislação de empresas e de títulos na Universidade Duke. "A parte boa é que há investidores interessados em produtos exóticos criados por instituições financeiras que cobram taxas altas e agências de classificação que recebem dinheiro para avaliar os riscos. A parte ruim é que estamos de volta aos bons e velhos tempos."

De fato, o que é bom para Wall Street pode ser ruim para o setor de seguros, e talvez para os consumidores também. Isso é porque os assegurados normalmente desistem de seus seguros de vida antes de morrer, por várias razões - seus filhos crescem e não precisam mais de proteção financeira, ou os prêmios ficam muito caros. Quando isso acontece, a seguradora não precisa fazer o pagamento.

Mas se uma apólice for comprada e transformada em título, os investidores continuarão pagando os prêmios que de outra forma teriam sido abandonados; e como resultado, mais apólices continuarão ativas, garantindo mais pagamentos com o tempo e menos dinheiro para as companhias de seguros.

"Quando eles estabeleceram seus prêmios, estavam se baseando em previsões que estavam erradas", disse Neil A. Doherty, professor da Wharton que estuda a venda de apólices.

De fato, Doherty diz que em resposta à securitização generalizada, as seguradoras provavelmente teriam que aumentar os prêmios para as novas apólices de seguro de vida.

Críticos da venda de apólices acreditam que "isso derruba a ideia do que o seguro de vida deveria ser", disse Steven Weisbart, vice-presidente sênior e economista chefe do Instituto de Informações sobre Seguros, um grupo que reúne empresas do setor. "Não é um produto de investimento, um produto para fazer apostas."

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Abraços e sorte!

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