quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Trabalhe na Google

Confira as práticas pouco usuais tanto de gestão de pessoas como de recrutamento usadas pela empresa

O Google tem mostrado saber aproveitar as oportunidades oferecidas pela internet. Mesmo em meio a uma recessão mundial, a multinacional fechou o segundo trimestre deste ano com crescimento de 19%, alcançando lucro de US$ 1,48 bilhão. Entre seus trunfos, está seu quadro de funcionários altamente qualificado, tratado de maneira nada ortodoxa.


Já imaginou uma empresa que deixa você levar seu cachorro para trabalhar, fornece uma mesa de sinuca para jogos durante o expediente e lhe dá uma verba para decorar sua mesa e espaço de trabalho da maneira que quiser? E que ainda reserva uma sexta-feira por trimestre para os funcionários saírem juntos para se divertir? Bem-vindo ao Google.

“Os benefícios existem para que os funcionários se sintam cuidados e em casa. Aqui, o seu chefe não vai brigar por você estar jogando durante o expediente, mas sim por não tê-lo chamado”, brinca Deli Matsuo, diretor de RH da empresa para América Latina. “Com tantas mentes brilhantes, é preciso ter menos regras”.

E o Google trabalha exatamente para que essas mentes permaneçam brilhantes. Todo funcionário recebe uma verba de educação para gastar como quiser, seja em cursos de línguas, em MBAs ou cursos de pós-graduação.

A liberdade dos empregados é levada a sério na empresa. Cada funcionário pode gastar 20% do seu tempo, o equivalente a um dia por semana, para se dedicar a projetos pessoais.
“Não ficamos olhando se o profissional chega às 9h ou às 11h. Não precisamos, pois contratamos pessoas comprometidas”, diz Matsuo.

Outra preocupação da companhia é oferecer as mesmas vantagens a todos os funcionários -- independentemente do cargo. A rede de benefícios vale para todos. O presidente da companhia tem exatamente o mesmo plano de saúde que qualquer outro empregado dentro do Google, assim como todos recebem participação nos lucros e ações da empresa.

“No Google, todos põe a mão na massa. Se o presidente da empresa quiser um café ou precisar de uma fotocópia, ele mesmo vai levantar e pegar”, afirma.

As políticas de benefício têm se mostrado eficientes. Nos quatro anos em que a empresa está presente no Brasil, apenas 3% de sua força de trabalho foi renovada, sendo que 2,5% pediram demissão para fazer mestrado ou doutorado.

Se o Google investe pesado na satisfação dos funcionários, a companhia também é exigente ao cobrar resultados. Ao lado de máximas como "Você pode ser sério sem um terno" e "É possível ganhar dinheiro sem ser mau", a companhia coloca "Ótimo não é bom o bastante".

O Google mantém um comitê responsável por avaliar o desempenho de cada profissional. É com base nas notas que são tomadas decisões relacionadas a aumentos, promoções e bônus.

Os 12 mandamentos


O processo de gestão utilizado pelo Google pode surpreender muitos executivos de recursos humanos por sua filosofia pouco comum. Ele é estruturado com base em 12 princípios:

1. Conheça profundamente sua equipe antes de fazer mudanças
2. Procure o consenso ao invés de impor decisões
3. Tome decisões claras e assuma a responsabilidade por suas ações
4. Você trabalha para sua equipe e não o contrário
5. Coloque a mão na massa
6. Compartilhe as informações com a equipe
7. Resultados têm maior impacto do que politicagem
8. Arrisque-se. O fracasso pode trazer grande aprendizado
9. Construa um bom relacionamento com seu time, para trabalhar bem em equipe
10. Encoraje a criatividade de seus funcionários
11. Independentemente da hierarquia, mantenha os canais de comunicação interna abertos
12. Crie um bom ambiente de trabalho

Processo de seleção

Com 22 mil funcionários no mundo, 200 deles no Brasil, o Google também não segue as práticas mais comuns ao fazer a seleção de seus funcionários.

“Tudo começa no recrutamento. Procuramos os melhores. O CEO da empresa, assim como os fundadores Larry Page e Sergey Brin, participam de 100% das contratações no Google. Olhamos tudo. Se o profissional se engajou em alguma iniciativa social, se pratica esportes, quais foram as notas que tirou ao longo da vida, a experiência em sua área de atuação etc”, fala Matsuo.

Não é de se estranhar que para preencher uma vaga o Google possa demorar até um ano. O sucesso no processo de seleção é baixíssimo: menos de 1% dos profissionais analisados são contratados.

Interessado em trabalhar no Google? “Procuramos pessoas curiosas, com vontade de aprender, que se sentem atraídas pelas coisas mais difíceis. É também essencial saber trabalhar em grupo. Eliminamos os candidatos muito individualistas. Existem pessoas que são inteligentes e bacanas, outras que são inteligentes e babacas”, diz o diretor de RH.

Outro critério levado em conta é a diversidade das áreas de formação dos funcionários. Para compor as equipes, são selecionados profissionais de todas as áreas. Na seção de análise de dados, trabalham, por exemplo, matemáticos, físicos, sociólogos e antropólogos.

A boa notícia para os interessados é que há vagas abertas para contratação no Brasil em todos os setores da empresa. A má é que elas não estão conseguindo ser preenchidas por falta de mão-de-obra considerada qualificada. Quer tentar?

Para que se interessar ou quer saber mais sobre como se candidatar, clique aqui!

Fonte: G1 / Epoca Negocios

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