quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Análises técnica e quantitativa sugerem alta

Pessoal, fiquem de olho...

Caetano, do Ibmec-SP: recuperação para a casa de 77 mil pontos até dezembro

Num momento em que a bolsa brasileira responde pouco a fundamentos, adeptos das análises quantitativa, baseada em modelos matemáticos, e técnica, que busca padrões gráficos históricos para prever a direção dos preços, vislumbram um cenário de recuperação para a Bovespa e os carros-chefes Petrobras e Vale.

Por uma técnica quantitativa batizada de "waveletes" (pequenas ondas) - adaptada ao mercado brasileiro a partir do modelo desenvolvido pelo geofísico Didier Sornette, do Departamento de Ciências Terrestres e Espaciais da Universidade da Califórnia, - desde que perdeu os 58 mil pontos, o indicador esbarrou no seu limite de reversão, segundo o professor do Ibmec-SP, Marco Antonio Leonel Caetano. O pesquisador, que desenvolveu a metodologia com o o professor Takashi Yoneyama, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), identifica nas freqüências de oscilações do índice uma tendência temporal, enxergando uma recuperação para a casa dos 77 mil pontos até o fim do ano.

E é mudando a sintonia para a análise fundamentalista que Caetano pondera que talvez esta seja a hora boa para entrar na renda variável, antecipando-se às futuras reações. "Os papéis estão visivelmente subavaliados, não condizem com a realidade de indicadores como Preço/Lucro ou retorno em dividendos, está tudo muito fora da ordem." Para o especialista, a recente derrocada das commodities é temporária porque países populosos como Índia e China alcançaram um novo padrão de consumo de alimentos, que continuará se refletindo na demanda por produtos da pauta brasileira de exportação. "Mesmo na Europa, a curva de expectativa de vida só aumenta, os campos de produção são poucos e, cedo ou tarde, esses mercados terão de promover uma maior abertura."

O Índice de Força Relativa (IFR) - indicador que mostra se o movimento do mercado, seja de alta ou de queda - está perdendo ímpeto, aponta que o fluxo de vendas nas ações da Petrobras e Vale está perdendo terreno, diz o economista-chefe da Plenus Gestão de Recursos e diretor da área de relações internacionais da ESPM-RJ, Alexandre Espírito Santo. Esse índice varia de 0 a 100, sendo que, quando o movimento é consistente, o indicador acompanha o mercado. Ou seja, se o mercado está em alta e o IFR sobe, é sinal de que as compras estão ganhando força. O mesmo vale para a queda: mercado e IFR caindo significa consistência na baixa.

As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras atingiram ontem mínima de R$ 30,81 e o IFR, de 40, sendo que a última mínima do papel tinha sido no dia 5, de R$ 31,80, e o IFR era de 26. "A ação veio caindo enquanto o IFR subiu, o que mostra que o papel foi ficando cada vez mais 'sobrevendido' (vendas em excesso), portanto, um forte indício de que a onda de vendas está chegando à exaustão", diz Espírito Santo.

O mesmo está acontecendo com a Vale: as ações caindo e o IFR em alta. Espírito Santo lembra que, historicamente, quando o desempenho das ações e o IFR caminham para lados opostos, o indicador é que predomina.

Os múltiplos como Preço/Lucro (P/L, que dá uma idéia do tempo de retorno) também mostram como os papéis estão atrativos. O P/L da Petrobras para 2009 é de 7,5 vezes, enquanto o da Petrochina é de 11 vezes e o da Exxon Mobil de 8,5 vezes, afirma Espírito Santo.

Sorte!!!

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