terça-feira, 2 de setembro de 2008

Papéis da CSN podem ter evidência em Setembro - Fique de olho

Venda da Namisa coloca a CSN ON em evidência

As negociações para a venda parcial ou total da Namisa pela Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) é o evento de curto prazo que pode puxar os papéis em setembro, esperam os participantes da Carteira Valor. Seis entre dez analistas indicam as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da siderúrgica como uma das principais recomendações para o mês.
A expectativa é de que, com a venda da mina de minério de ferro localizada em Minas Gerais, a CSN comece a mostrar para o mercado os valores ocultos dentro da empresa. Seria um caminho aberto para que outro projeto valioso, o da Casa de Pedra, começasse a ter um destino. No passado cogitou-se uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou a transferência do controle, ou parte dele, para um "player" estratégico. Mais recentemente, a CSN mostrou interesse em investir fortemente nos ativos de mineração, especialmente na Casa de Pedra.
Por ora, na disputa pela Namisa estariam a Nippon Steel e uma unidade da JFE Holdings, em conjunto com uma "trading" japonesa, além da ArcelorMittal, conforme noticiou a Reuters na semana passada. Pelo mercado, especula-se que a CSN poderia angariar para o seu caixa cerca de US$ 2 bilhões, o que representaria um senhor lucro contábil, considerando-se o valor pago na operação, de US$ 440 milhões.

Além de CSN ON ter o potencial de ganhar com o evento Namisa, há fundamentos que justificam a compra também para o longo prazo, afirma o chefe de análise da Concórdia Corretora, Eduardo Kondo. Ele cita que a companhia tem investimentos ambiciosos programados para os próximos anos e, no terceiro trimestre, vai refletir os reajustes nos preços do aço obtidos até agora. "Não há queda de demanda visível pelo menos até 2011, a companhia vem trabalhando a plena capacidade e tem um portfólio diversificado, sendo menos dependente de determinados segmentos."
No setor siderúrgico, Gerdau ON é outra aposta de Kondo, pela estratégia agressiva em aquisições e pela exposição ao setor de construção civil, que tem se mostrado bastante dinâmico. A escolha da ação ON, em vez da PN, mais líquida, justifica-se pelo desconto de 17%, que faz com que o retorno em dividendos (o "dividend yield") seja potencialmente maior.
Vale PNA foi uma das inclusões da Itaú Corretora no mês. Depois de as ações terem sofrido com a queda do preço do níquel no mercado externo, a impressão, segundo o estrategista Fábio Anderaos de Araújo, é que a matéria-prima encontrou o seu piso, na casa dos US$ 20 mil a tonelada. "Abaixo disso há incentivos para se suspender a produção", diz, referindo-se ao anúncio da Xstrata, em meados de agosto, que parou de explorar a mina de Falcondo, na República Dominicana, por quatro meses. No lado do minério, os preços da Vale estão garantidos porque são reajustados em contrato anual.

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